Quem é Bashar al-Assad, ditador da Síria que foi deposto

Bashar al-Assad é flho de Hafez al-Assad, ditador sírio que esteve a frente do país de 1971 até 2000, ano em que morreu devido um ataque cardíaco.

Quando o pai morreu, Bashar não tinha intenção de assumir o seu lugar, ele era apenas um estudante de medicina em Londres e seu irmão mais velho, Bassel, seria o sucessor de seu pai no poder.

Porém, tudo mudou quando Bassel morreu em um acidente de carro em 1994. Bashad, que era apenas um estudante de medicina em Londres, foi empurrado para os holofotes e começou a estudar ciências militares. Mais tarde, se formou coronel no Exército sírio e, no ano de 2000, assumiu o poder, em uma eleição que contou com um único candidato.

Tanto sírios quanto pesquisadores internacionais demonstraram otimismo em relação ao novo presidente, que se apresentou como um líder jovem e moderno, capaz de conduzir um regime mais democrático.

Porém, as esperanças se dissiparam quando o novo líder manteve alianças com grupos terroristas, como Hamas e Hezbollah.

Guerra Civil

Assad ficou marcado por suas táticas brutais durante a guerra civil iniciada em 2011, quando foi formada uma oposição armada composta por grupos paramilitares e desertores do Exército.

A guerra civil começou quando o regime ditador de Assad se recusou a atender às demandas pró-democracia durante a Primavera Árabe naquele ano. Em vez disso, o governo optou por uma repressão violenta ao movimento, com milhares de manifestantes mortos e presos ao longo dos primeiros meses.

Além disso, em 2013, inspetores de armas da ONU encontraram evidências do uso de gás Sarin na Síria. O gás é incolor e sem cheiro, usado como arma química por causa da extrema potência sobre o sistema nervoso. Ele foi classificado como arma de destruição em massa pela ONU e proibido pela Convenção sobre Armas Químicas, assinada por 189 países, entre eles a Síria.

Conflito, guerra, Síria (Foto: Paulo Emílio)

Desde então, o regime ditador de Assad foi acusado de violação dos direitos humanos ao longo de 13 anos de guerra, no entanto, o governo se manteve graças ao apoio de aliados poderosos, como Rússia e Irã.

No dia 08 de dezembro de 2024, o ditador foi deposto por uma ofensiva relâmpago de grupos rebeldes liderados por islamitas.